No Paraíso, em Mosqueiro, caldeirada e caranguejo no tucupi dão água na boca
Quem não ama um dia de praia? Sol, brisa e banho de rio. Para completar, só mesmo um bom almoço paraense.
Na conhecida praia do Paraíso, em Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém, a Barraca do Gringo oferece espaço aconchegante e sabores irresistíveis. "Para quem quer comer fora, num domingozinho de descanso, eu recomendo a Barraca do Gringo. A caldeirada de lá é uma delícia e, para completar, os preços são bem acessíveis", contou a jornalista Jennifer Rodrigues, frequentadora do local.
Há mais de 10 anos, a barraca tem um dos melhores restaurantes da praia. O nome se deve a um antigo dono, estrangeiro que se encantou com as belezas da ilha com ondas de rio localizada a 70 quilômetros da capital paraense.
A caldeirada, o cozidão de peixe regional, e o caranguejo no tucupi são os pratos mais famosos. Quem visita a praia do Paraíso não pode sair sem conhecer essas maravilhas.
Suzete Teixeira, proprietária do restaurante há oito anos, revela o tempero do sucesso. "Acreditamos que toda comida deve ser feita com amor. É como se fosse para nós. Acredito que o caranguejo e a caldeirada no tucupi vendem muito por isso. Quanto ao tempero, usamos muitas ervas, como a chicória, alfavaca, cheiro-verde, jambu e outras", declarou.
De amor a Barraca do Gringo está recheada. Suzete não esconde o encanto que tem pelo que faz. "Ah, a barraca é linda! Eu amo o que faço. Liderar um grupo de amigos não tem preço. A barraca é pé no chão, em cima da praia, é meio rústica, bem arborizada, natureza pura, música boa, atendimento e comida bons. Ah, é muito amor!", contou.
Recomeço
A Barraca do Gringo sempre fez sucesso, mas também viveu dias difíceis. Em 2016, o restaurante foi completamente destruído por um incêndio. Em treze dias foi reconstruído, com a ajuda de amigos e familiares. "Quando a barraca pegou fogo parecia um filme de terror. Me ajoelhei entre as cinzas e pedi ajuda de Deus. Fui à delegacia e depois fui comprar o material para a reconstrução. O dono da loja se sensibilizou e vendeu tudo a preço de custo. Dessa maneira reerguemos mais rápido. Agradeço a todos que nos ajudaram e principalmente a Deus, que é a razão de tudo na minha vida", lembrou Suzete.
Dois anos depois, em 2018, a barraca teve que ser refeita porque as obras de construção da orla da praia do Paraíso passavam pelo meio do restaurante. Já em 2019, com as grandes águas de março, a Barraca do Gringo teve o assoalho e as paredes da cozinha destruídos e, mais uma vez, precisou ser recuperada.
Pandemia e lockdown
Por causa do fechamento das praias durante o lockdown - estabelecido pelo governo do Estado para conter o avanço da covid-19 -, Suzete teve que fazer o possível para manter o restaurante e os colaboradores. "Tivemos que vender bens materiais para indenizar nossos colaboradores, fazer empréstimos, mas graças a Deus isso está passando e estamos de pé. Nossos clientes estão voltando aos poucos. Alguns almoçam e vão embora, outros ficam na praia e assim vamos seguindo", finalizou a proprietária.
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