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Chef Juliana Dias fala sobre atuação na gastronomia

Em um pingue-pongue todo especial, a gastróloga e turismóloga Juliana Dias compartilhou com a gente um pouco de sua história de vida e trajetória na gastronomia

Juliana Dias (Crédito da foto: Divulgação).

Especialista em Estudos Culturais da Amazônia, consultora nas áreas de gastronomia e turismo do Sebrae/PA e coordenadora de Gastronomia da Usina da Paz Cabanagem, Juliana Dias atua profissionalmente na gastronomia há cinco anos e para ela “Transformação de alimento em comida, é saciar o corpo e nutrir a alma”. Acompanhe a entrevista na íntegra:


GP - Quando surgiu o seu interesse pela gastronomia?


Juliana Dias - Depois que me tornei mãe. Fui uma criança e adulta muito chata pra comer. Nasci intolerante à lactose, por isso desde sempre houve restrições para minha alimentação e isso só me serviu para ter preguiça de mastigar e receio de provar sabores novos. Não queria ser este tipo de exemplo para minha filha. Conforme fui conhecendo, estudando e provando tudo, quis, e quero, compreender cada vez mais sobre as relações que temos com a comida ao longo da vida, memórias, história, escolhas, cultura, etc.


GP - Quais foram os momentos mais marcantes de sua trajetória até agora?


Juliana Dias - Sempre que olho para trás consigo reconhecer muitos momentos. A gastronomia mudou minha vida. Minha relação com a alimentação é com o mundo, desde me proporcionar viajar e conhecer outras culturas alimentares até a oportunidade de ajudar a transformar a vida de pessoas através da troca de conhecimentos. Mas um momento muito especial, foi ter tido a oportunidade de conhecer os bastidores de um profissional apaixonado pela cultura paraense que é Saulo Jennings. Seu trabalho está transformando e impactando a realidade de muitas pessoas, seja através da cadeia produtiva que seu trabalho movimenta até o cuidado que tem com seus colaboradores, o que reflete naquilo que é servido ao seu comensal. Ele sem dúvidas é uma das maiores referências para minha profissão.

Bolinho de feijão manteiguinha e pirarucu salgado com geleia de manga; feito por Juliana Dias (Crédito: Divulgação).

GP - Quais foram as maiores dificuldades e desafios de seguir nesse rumo?


Juliana Dias - Lidar com o ego. E não falo do ego alheio, mas o meu mesmo. Trabalhar com gastronomia é trabalhar em uma realidade de muita vaidade particular. Isso sem considerar a constante necessidade de, como mulher, lidar com ambientes que historicamente não reconhecem o trabalho profissional feminino.


GP - Quais são suas principais referências?


Juliana Dias - Saulo Jennings, Angela Sicília, Paulo Martins, Ofir Oliveira, Sidiana Macedo, Carmen Virgínia, muitos nomes são exemplos para o meu trabalho.