Coordenador do processo do Prêmio Dólmã deste ano, o chef foi ganhador do Enchefs Pará 2019
O quadro "Quarta Boa" desta semana, no Gastronomia Paraense, será transmitido no Instagram do site, às 18 horas. O propósito da live é debater sobre o cenário gastronômico local. O convidado de hoje é o chef Diego Sousa, ganhador do Enchefs Pará 2019 com o prato "Cuscuz de João Miguel a Caraparu", indicado ao Prêmio Nacional Dólmã 2020 – considerado o “Oscar” da gastronomia brasileira – e, atualmente, coordenador do processo do Prêmio Dólmã deste ano, que será realizado no Estado do Pará em dezembro.
A gastronomia sempre esteve presente na vida do chef Diego. Por influência do pai, aprendeu a cozinhar ainda jovem, mas só em 2014 decidiu fazer da culinária uma profissão. "Meu pai era um cozinheiro de mão cheia. Nós, por influência dele, aprendemos a cozinhar desde cedo. Os homens sempre tomavam conta da cozinha nos dias de celebrações em casa e as mulheres iam se arrumar, cuidar da beleza. Fui pra gestão pública por muitos anos, mas me reencontrei com a cozinha em 2014, dessa vez pra fazer dela a minha profissão", relembra.
Filho de Santa Isabel, como costuma apresentar-se, Diego Sousa conta que a gastronomia que desenvolve é fruto das experiências vívidas no lugar onde vive. "Sou filho da capital mundial da farinha de tapioca, na verdade da ‘pipoca da farinha de tapioca’. Minha gastronomia é inspirada em todas as minhas experiências vividas aqui. Acredito muito no potencial e na força da gastronomia raiz, somos um grande celeiro de experiências e o mundo começou a nos conhecer", afirma.
Além da premiação Dólmã, Diego também coordena e participa de festivais relacionados à gastronomia, entre eles o Festival da Farinha de Tapioca de Americano, um festival cultural e gastronômico que ocorre há mais de 20 anos, do qual é instrutor oficial.
O chef acredita na importância da valorização e divulgação da gastronomia regional, a qual é muito apreciada por todo o mundo por ser única e exótica. “Nós temos um forte mercado com a agricultura familiar no nosso Estado. A maioria dos insumos que usamos em nossas receitas e produções vem dessa cultura da agricultura familiar. Então, divulgar a gastronomia regional, trabalhar para que esses insumos, essas histórias e essas pessoas sejam contadas através de pratos é um orgulho muito grande, porque nós podemos impulsionar todo um setor produtivo. Um setor produtivo hoteleiro, um setor de turismo do nosso Estado, a agricultura familiar”, aponta.
Diego Sousa gosta de trabalhar com todas as receitas regionais paraenses, como vatapá, maniçoba e tacacá. Mas a farinha de tapioca ganha uma atenção especial, por ser um insumo com o qual ele teve contato desde cedo e pela versatilidade deste na culinária.
“Eu gosto de trabalhar principalmente com a farinha de tapioca. É um ingrediente muito versátil, você consegue construir tanto receitas salgadas quanto doces, tanto sobremesas quanto pratos principais. A farinha de tapioca me encanta por isso”, explica.
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