Cafeteria Quintal de Casa aposta em qualidade, sabor e aroma para atrair degustadores
De acordo com o site Grão Gourmet, existem dois tipos de café: o tradicional e o especial. O primeiro, de torra escura e moagem fina, carrega forte amargor. Por outro lado, o café especial é produzido em altitudes de 950 metros, o que resulta num grão de melhor qualidade, mais doce. Um e outro são bebidas muito presentes na mesa do brasileiro.
Os grãos do café especial são selecionados. Possuem diferentes sabores e aromas, como frutados, herbais, caramelados e achocolatados, para atender a admiradores cada vez mais exigentes.
Karina Costa e Daniel Louzada, donos do Café Quintal de Casa, inauguraram a cafeteria há pouco mais de um mês, localizada, como o próprio nome diz, no quintal da casa deles, no bairro Marambaia, em Belém. O Café Quintal de Casa oferece sete métodos de cafés especiais: V60, método japonês; Aeropress, dos Estados Unidos; Moka, italiano; Prensa francesa; Ibrik, café turco; Clever, de Taiwan; e Koar, criado em Pernambuco. "Cada um desses métodos oferece ao cliente uma sensação diferente. Fazemos questão de levar à mesa o grão que utilizamos, para mostrar a diferença entre o café especial e o tradicional. Falamos um pouco dos produtores e da riqueza de detalhes que envolvem este ‘ritual’, que começa desde o preparo da terra até o momento que vai à mesa”, contou Karina.
“Além dos cafés especiais, oferecemos o nosso delicioso bolo de canela com cobertura de doce de leite, a nossa famosa tapioca de café e a nova sensação da casa: o brigadeiro de cappuccino de jambu, receita que foi um presente maravilhoso da chef Narinha Tabosa”, disse a proprietária da cafeteria. A ideia, segundo Karina, é levar uma experiência única para cada cliente.
Os planos para abrir o Café surgiram no início de 2020. Porém, com o avanço da pandemia da covid-19 em Belém, o sonho do casal foi paralisado. Karina e Daniel aproveitaram para estudar mais sobre o universo do café e para entrar em contato com pequenos e médios produtores. Afinal, era importante que a estrela do estabelecimento fosse a melhor possível. “Numa tarde, resolvemos tomar um café no quintal, foi quando surgiu a ideia: temos um quintal amplo, ferramentas e muitos projetos. Por que não montarmos nossa cafeteria aqui em casa?”, lembrou Karina.
Em abril deste ano, eles conseguiram abrir o Café Quintal de Casa, com o apoio de amigos, familiares e até pessoas desconhecidas que abraçaram a ideia. Atualmente, o café atende apenas aos fins de semana e por meio de reservas, para a segurança de todos. No futuro, eles pretendem abrir todos os dias.
“Belém tem várias cafeterias, mas nós queríamos algo diferente, um espaço onde a pessoa se sente em casa, mas fora de casa. Um lugar acolhedor para tomar um bom cafezinho, e ainda oferecer ao cliente a experiência de preparar o próprio café especial na mesa, e sentir aquele aroma que remete à família. Eu mesma lembro da minha falecida avó, que preparava o café no coador, enquanto eu preparava a mesa lindamente. O café nos rende muitas lembranças boas e acredito que nossos clientes terão a mesma sensação”, afirmou.
A paixão que Karina sente por café veio da família, que sempre teve o hábito de degustar a bebida de manhã e à tarde. Isso causou o fascínio da barista pelo aroma e pelo sabor do café. Quando ela descobriu o café especial, o amor pelo grão aumentou ainda mais. “Nos últimos anos tive a oportunidade de ir em uma cafeteria aqui em Belém e foi quando provei o café especial. Um caminho sem volta. Fiquei completamente apaixonada quando senti a acidez e o doce do café. Era a primeira vez que tomava sem açúcar. Agora, ele faz parte da minha vida, e apesar de tantos métodos disponíveis, tanta complexidade, nunca transformei esse momento em algo chato. Para mim, fazer e tomar café é um ritual lindo, é qualidade de vida, principalmente em tempos bem difíceis”, finalizou.
Por Ana Luiza Imbelloni.
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