Amazônia Artesanal: sabores, saberes e sustentabilidade em cada detalhe
- Gastronomia Paraense

- 7 de ago.
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No coração de Belém, um espaço tem se destacado por transformar a biodiversidade amazônica em experiências sensoriais e afetivas. A Amazônia Artesanal, idealizada pela engenheira de alimentos e pesquisadora da bioeconomia Andreia, é muito mais que uma loja – é um manifesto de amor à floresta, um ponto de encontro entre saberes tradicionais e inovação.
Da floresta para o mundo
A inspiração para criar a Amazônia Artesanal nasceu de um desejo profundo: valorizar os ingredientes amazônicos e mostrar seu potencial para além do consumo comum. “Sempre vi o quanto nossas matérias-primas são únicas. A ideia foi aproximar os saberes da floresta da ciência de alimentos e transformar isso em algo acessível, inovador e cheio de identidade”, explica Andreia.

Curadoria com propósito
A loja trabalha exclusivamente com fornecedores que respeitam o tempo da natureza e os princípios da sustentabilidade. “Buscamos pequenos produtores comprometidos com práticas éticas, que valorizam os saberes ancestrais e cuidam do território. Cada item é escolhido pela sua origem, impacto social e qualidade”, ressalta a idealizadora.
Uma experiência para os sentidos
Mais do que vender produtos, a Amazônia Artesanal oferece histórias. Os clientes encontram desde conservas de frutas nativas, molhos e fermentados, até xaropes artesanais, licores e cafés especiais. Tudo pensado para levar a essência da floresta ao cotidiano de quem visita o espaço. “Queremos que cada cliente sinta a Amazônia com todos os sentidos”, afirma Andreia.

Um novo ciclo: Casa das Icamiabas
Recentemente, a loja passou por uma reforma que marca uma nova fase. Agora, além de loja, a Amazônia Artesanal é também a Casa das Icamiabas – um coletivo de mulheres empreendedoras, criativas e guerreiras que compartilham o mesmo propósito: inovar com insumos amazônicos e fortalecer a economia da floresta. O novo ambiente conta com espaço para degustações, integração com o café e uma curadoria ainda mais refinada.
Degustação com alma amazônica
A nova proposta inclui um cardápio exclusivo, onde ingredientes como flor de jambu, tucupi, pupunha e mel de cacau ganham versões surpreendentes. Destaque para o bolo de flor de jambu com spirulina, o bolo de pupunha e o blue coffee, uma bebida feita com espresso, leite vaporizado e xarope artesanal da flor fada azul. “Cada receita é um convite para descobrir a Amazônia em uma nova perspectiva”, conta Andreia.

Empreender com propósito
Para Andreia, o papel da loja vai muito além da comercialização: “A Amazônia Artesanal é um espaço de resistência criativa. Aqui, a cultura alimentar da Amazônia ganha nova vida. Queremos mostrar que é possível empreender com propósito, respeitando a floresta e gerando renda para quem vive dela de forma sustentável”.
Reconhecimento e encantamento
O retorno do público tem sido extremamente positivo. Segundo Andreia, os visitantes se encantam com a nova proposta, com os sabores inusitados e com o ambiente acolhedor. “Estamos conseguindo fortalecer o vínculo com nosso público e despertar mais interesse pela nossa cultura”, afirma.
Gastronomia como ponte com a floresta
Para ela, a gastronomia é uma ferramenta poderosa de conexão e preservação. “Quando você entende a origem de um ingrediente, você passa a respeitar a floresta. A comida emociona, educa e transforma”, diz.
Histórias que marcam
Uma das histórias mais marcantes é a do sorvete de flor de jambu, que conquistou o jornalista Zeca Camargo. “Ele experimentou, se encantou e desde então se tornou um entusiasta da nossa proposta. Ver um ingrediente tradicional ganhar projeção assim é emocionante”, lembra Andreia com orgulho.
Um convite à descoberta
Para quem ainda não conhece o espaço, o convite está feito: “Venha viver uma experiência sensorial e afetiva com a Amazônia. Aqui, cada detalhe carrega alma, propósito e identidade. É uma imersão na floresta por meio dos sabores, aromas e histórias que ela nos oferece”.











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