Jorge Chaves: o sabor do Marajó na palma da mão
- Gastronomia Paraense
- 1 de ago.
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Na Ilha do Marajó, onde as ruas se encontram com os búfalos e o vento carrega o cheiro do queijo fresco, o Chef Jorge Chaves transforma ingredientes locais em experiências gastronômicas inesquecíveis. Natural de Soure, cidade que abriga parte da alma amazônica, ele é hoje um dos nomes mais promissores da gastronomia marajoara — e faz da cozinha um palco de inovação e afeto.
Começou cedo, como quase todo grande cozinheiro: aos 10 anos já se aventurava entre panelas. “Mas como profissional, já são 15 anos nessa caminhada”, conta Jorge, que hoje também é presença constante em eventos gastronômicos da região e já participou de concursos com orgulho e destaque.
Tapioca com toque de chef
Jorge se define como um cozinheiro versátil, que faz “de tudo um pouquinho”, mas tem uma especialidade que o colocou no radar dos apaixonados por sabores únicos: as tapiocas gourmet. Prato tradicional reinventado com criatividade, textura e apresentação, a tapioca virou sua marca registrada. “Gosto de inovação. E sempre busco fazer experiências antes de colocar no cardápio, pra garantir que vai dar certo”, explica.
Formação, incentivo e paixão
Parte do seu crescimento profissional se deve à formação oferecida por instituições como o Sebrae e o Senac, onde fez diversos cursos e oficinas. Outro ponto importante foi o apoio de um amigo que o incentivou desde o início. Mas Jorge sabe que nenhum curso substitui o ingrediente principal de sua cozinha: o amor pelo que faz. “Sim, tem que amar o que faz. E fazer com amor. Essa é a base.”
Do Marajó para o mundo
A cozinha de Jorge é um espelho de sua terra. Ele utiliza ingredientes que representam Soure e o Marajó, com destaque para o queijo do Marajó, ícone regional que aparece em várias de suas criações. “Todos os pratos têm história. Cada receita é uma forma de valorizar minha cultura e meu município.”
Reconhecimento e propósito
Apesar dos desafios, Jorge sente que seu trabalho começa a ser reconhecido. “Estou sendo valorizado, e isso me dá ainda mais vontade de crescer.” Para ele, agradar o cliente é o que dá sentido ao ofício: “A importância está em ver o cliente satisfeito. Isso é o que me move.”
Em momentos de pressão, sua dica é simples, mas poderosa: “Manter a calma.” Uma lição que aprendeu ao longo dos anos e que o ajuda a seguir firme no seu maior objetivo: se tornar um grande chef.
Uma trajetória em crescimento
Hoje, Jorge se define como um profissional em crescimento na gastronomia, com os pés fincados no Marajó e os olhos no futuro. E deixa um recado para quem deseja seguir esse mesmo caminho: “É preciso amar o que faz, respeitar os ingredientes da sua terra e ter coragem de inovar.”
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