Palha Amazônica: o doce que traduz a força e a identidade da Amazônia
- Gastronomia Paraense
- há 8 horas
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Belém é terra de sabores inconfundíveis. Do tacacá ao açaí, cada prato conta um pedaço da história da Amazônia. Mas, em meio a tantas tradições, surgiu em 2022 uma marca que se propôs a reinventar um clássico e dar a ele uma roupagem moderna e irresistível: a Palha Amazônica, criada por Léa Lúcia.
O doce, que nasceu da ideia de unir ingredientes regionais à sofisticação da confeitaria, rapidamente conquistou espaço nas mesas e corações de quem prova. “Quis criar algo que fosse ao mesmo tempo tradicional e moderno: um doce que carregasse a essência amazônica, mas que também tivesse apelo gourmet e pudesse conquistar paladares de diferentes lugares. Foi assim que surgiu a Palha Amazônica, unindo a textura do chocolate de origem como recheio de doces típicos do Pará”, explica Lea.
A inspiração: a riqueza da floresta
A empreendedora viu nos insumos da região um campo fértil para inovação. “A Amazônia oferece produtos únicos, como cupuaçu, castanha-do-pará, açaí, bacuri. Eles têm identidade forte e ainda são pouco explorados no mercado nacional. A principal inspiração foi justamente valorizar esse potencial gastronômico.”
O primeiro doce, de cupuaçu, foi recebido com entusiasmo. “As pessoas se surpreenderam com o sabor e logo disseram que a ideia tinha muito potencial. Foi um estímulo enorme para seguir em frente.”
Do artesanal à empresa consolidada
O crescimento veio rápido. De produção artesanal e testes em pequena escala, Lea passou à estruturação de pontos de venda e pronta entrega. Hoje, a Palha Amazônica pode ser encontrada em endereços como o Restaurante Amazônia na Cuia, Churrascaria Boi Novo, Brechó Peça Rara, Steak Tucuruvi, Hotel Ibis Styles e até mesmo na Ilha do Combu, na Filha do Combu — prova de que o doce já percorre diferentes caminhos, sempre mantendo sua essência.
“Um dos maiores desafios foi acompanhar a aceitação tão rápida. Tivemos que alugar um espaço próprio para produção e organizar tudo para garantir qualidade e capacidade de atender à demanda”, relembra a fundadora.
Sabores que conquistam
Entre os mais pedidos, destacam-se o cupuaçu puro, o cupuaçu com nibs de cacau e a castanha-do-pará com cupuaçu. “O que diferencia o nosso produto é a textura única, maciez agradável e o sabor autêntico da Amazônia. Cada mordida é uma experiência que combina prazer e identidade cultural.”
Além do doce: um resgate cultural
Para Lea, a Palha Amazônica vai muito além da sobremesa. “Quando alguém prova, não está apenas consumindo um produto, mas entrando em contato com a memória e a riqueza da nossa gastronomia. Ver as pessoas levando como presente, inclusive para fora de Belém, me dá uma sensação de orgulho. É como compartilhar um pedaço da nossa terra.”
O futuro da marca
Os próximos passos são de expansão. Novos produtos inspirados em ingredientes regionais estão sendo desenvolvidos, assim como o fortalecimento da estrutura de produção. “Pensamos, sim, em franquias. É um sonho que começa a ser desenhado. Mas, antes, queremos consolidar ainda mais nossa base e garantir excelência em cada entrega.”
O conselho da fundadora
Questionada sobre o que diria a quem deseja empreender com a Amazônia como inspiração, Lea é firme: “É preciso acreditar no potencial único que temos em nossas mãos. A região é um tesouro que o mundo valoriza cada vez mais. Empreender exige persistência, estudo e muita dedicação, mas quando se trabalha com propósito e identidade, cada desafio vira aprendizado.”
Assim, a Palha Amazônica se consolida como mais que um doce: é um gesto de amor à terra, uma ponte entre tradição e inovação, e um exemplo de como a gastronomia pode ser também ferramenta de valorização cultural.
Pedidos pelo Instagram @palhamazonica ou WhatsApp (91) 99112-6486.
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