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Pesquisador cria linguiça mais saudável

Carne de caititu é uma alternativa de consumo sustentável, que não agride o meio ambiente

A linguiça de caititu tem fibras no lugar de gorduras (Crédito da foto: Divulgação).

Uma pesquisa realizada pelo professor Bruno Morais, coordenador do curso de Nutrição e coordenador adjunto de Gastronomia da Universidade da Amazônia (Unama), criou um produto inédito na área alimentícia: a linguiça com carne de caititu, animal popularmente conhecido como porco-do-mato. Com a redução de gordura e a adição de fibras, o resultado foi um alimento mais saudável, rico em proteínas e mais saboroso. É uma alternativa para o consumo de carne mais sustentável e sem agressão ao meio ambiente.

O produto foi feito a partir da pesquisa de doutorado do professor, no Programa de Ciência Animal da Universidade Federal do Pará (UFPA), intitulada “Avaliação da estabilidade de linguiças frescais de caititu (pecari tajacu) elaboradas com fibras alimentares e acondicionadas sob atmosfera modificada”. O trabalho teve o apoio de alunos da Unama e da Universidade Federal do Pará, em parceria com os pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins. “Conversando com minha orientadora, nós decidimos montar um planejamento para desenvolver uma linguiça utilizando carne de animal silvestre, porque ela é especialista nessa área, e obviamente com uma pegada mais saudável. Por isso que a gente entendeu que esse processo daria certo”, contou Bruno.


Os principais benefícios dessa linguiça, de acordo com Bruno, são a redução de índices de triglicerídeos no sangue, por conta da grande quantidade de fibra; a ajuda no trânsito gastrointestinal; a redução da quantidade de gordura das linguiças tradicionais e a redução de lipídios com a adição das fibras de mandioca, aveia e trigo. “O que a difere das outras linguiças é basicamente porque a gente usa uma carne de animal selvagem, que é o caititu, e a gente também utiliza as fibras alimentícias no lugar da gordura”, informou.


Segundo Bruno, uma das expectativas para o futuro é a comercialização da linguiça, assim que o trabalho for finalizado. “O produto é simples de ser elaborado, e tenho certeza de que é um potencial incrível para o mercado. Com o sabor marcante e sofisticado, a carne de caititu (já conhecida no mundo todo) é extremamente promissora nos grandes restaurantes de Belém e do Brasil. Já sabemos que existe interesse pela carne por um público interessado em carnes exóticas no mundo e por pessoas dispostas a apreciá-la”, afirmou.

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