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Recheios do Pará: a doce história de uma marca que leva a Amazônia em cada mordida

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

Recheios do Pará: a doce história de uma marca que leva a Amazônia em cada mordida



No coração da Amazônia, uma ideia nascida de um trabalho acadêmico e de uma necessidade familiar se transformou em um dos negócios de confeitaria mais promissores do Pará. O Recheios do Pará, conhecido por suas trufas que carregam os sabores da região, é hoje sinônimo de tradição, inovação e, acima de tudo, de resistência empreendedora.


Quem conta essa trajetória é Diogo, sócio da marca ao lado da fundadora Elizabeth, sua sogra. O caminho, como ele relembra, começou em 2014.


“Elizabeth ficou três anos desempregada e não conseguia se recolocar no mercado. A filha dela, num trabalho de faculdade, precisou produzir bombons regionais, e daí surgiu a fagulha. Elizabeth enxergou uma oportunidade e começou a vender os doces para amigos e vizinhos. Foi assim que tudo começou”, recorda Diogo.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

Da primeira trufa ao reconhecimento regional


Os primeiros clientes foram os de sempre: família e amigos. E não há como negar que foi ali, entre vizinhos e parentes, que a ideia ganhou força. O sucesso imediato abriu caminho para que a pequena produção caseira se transformasse em marca consolidada.


Mas afinal, o que diferencia o Recheios do Pará de tantas outras marcas de doces artesanais espalhadas pelo Brasil?


“A gente tem processos muito bem desenhados para garantir qualidade e padrão, mesmo sendo artesanal. Selecionamos matérias-primas, seguimos boas práticas de manipulação e investimos em capacitação da equipe. Tudo para que o bombom chegue seguro e impecável até o consumidor”, explica Diogo.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

A força da cultura paraense em cada receita


O DNA da marca está, sem dúvida, na valorização dos sabores da região. Cupuaçu, bacuri e castanha-do-pará são os protagonistas que dão identidade às receitas.


Não significa, porém, que não haja ousadia. O exemplo mais marcante é o bombom criado para a COP30, evento que acontecerá em Belém em 2025: uma combinação de pistache — ingrediente importado — com cupuaçu e castanha, resultando em um doce que une tendências globais com a autenticidade amazônica.


Quando a pergunta é sobre o campeão de vendas, a resposta vem rápida: o bombom de castanha inteira. Um clássico que, curiosamente, também é o preferido de Diogo.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

Desafios e conquistas


Nem só de doçura se constrói uma trajetória empreendedora. O início foi marcado por falta de recursos e experiência. Elizabeth, antes de ter uma equipe, fazia de tudo: produzia, vendia e entregava.


“Minha sócia fez muitas entregas de ônibus, carregando caixas pesadas, porque não havia dinheiro para corridas de táxi, e aplicativos de transporte nem existiam. Foi um período de muito esforço pessoal”, lembra Diogo.


A virada veio em 2023, quando ele se tornou sócio do negócio. A partir daí, a empresa passou por um salto: deixou a cozinha improvisada, ampliou a equipe, formalizou processos e conquistou novos clientes — incluindo presença nos principais Supermercados Mateus da Grande Belém e Castanhal.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

O futuro do Recheios do Pará


Com uma equipe dedicada à produção e novos projetos em andamento, os planos de expansão seguem firmes. A marca busca ampliar pontos de venda e lançar novidades no portfólio.


E para quem sonha em seguir o mesmo caminho, Diogo deixa o recado:


“Na confeitaria artesanal, o segredo está na precificação correta. O tempo que você dedica também tem valor, e é preciso encontrar clientes que entendam isso. Nem todo mundo valoriza, mas os que respeitam o trabalho artesanal fazem toda a diferença”.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
Crédito da foto: Arquivo pessoal.

Gastronomia paraense: um patrimônio nacional


Ao falar sobre o papel da culinária paraense, Diogo não esconde o orgulho.


“O Brasil é feito de influências culturais diversas, mas a gastronomia paraense honra nossas raízes. Usamos ingredientes que só existem aqui e isso perpetua a história dos nossos antepassados. Temos uma culinária única, riquíssima e que precisa ser cada vez mais valorizada”.


Mais que doces, as trufas do Recheios do Pará são pequenas cápsulas de cultura, carregando na textura e no sabor a identidade de um povo. E é isso que torna a marca tão especial: não é apenas sobre vender bombons, mas sobre contar, em cada mordida, a história da Amazônia.

Crédito da foto: Arquivo pessoal.
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