“Ser de fibra é ser um agente de transformação”: Jéssica Santos e o poder das mulheres que reinventam a Amazônia

Gastronomia Paraense
há 2 dias
2 min de leitura

Na fronteira entre os municípios de Barcarena e Abaetetuba, no coração do Pará, floresce uma revolução silenciosa conduzida por mãos femininas e corações resilientes. É ali, na comunidade tradicional Arienga Rio Fronteira, que Jéssica Santos ajuda a construir diariamente o projeto Mulheres de Fibra, uma iniciativa que une sustentabilidade, geração de renda, saberes ancestrais e o fortalecimento comunitário.

Tudo começou no pós-pandemia, em encontros motivacionais para mulheres da região. O ponto de virada foi quando a idealizadora do projeto, Edicleia Gutierrez, apresentou o trabalho com as fibras da bananeira. A partir daí, o que era apoio emocional transformou-se em ação concreta: nasceu o Mulheres de Fibra.

“Minha motivação sempre foi desenvolver minha comunidade, proporcionando economia, educação, saúde, bem-estar e, principalmente, o cuidado com a natureza”, conta Jéssica. Hoje, o projeto oferece produtos artesanais sustentáveis, oficinas sobre sustentabilidade, turismo de base comunitária e participação em feiras de economia solidária — um leque de atividades que conecta saberes tradicionais e práticas modernas com responsabilidade ambiental.

A caminhada, como ela mesma relembra, não foi fácil. “Passamos um ano só conhecendo as fibras de bananeira e entendendo o que poderíamos fazer com elas. Tiveram muitos erros, dias difíceis, feiras em que não vendíamos nada. Mas eu nunca desisti. Sempre acreditei que tudo é um processo, e que devemos ser persistentes.”

Essa persistência deu frutos. O projeto hoje é referência em transformação social com base comunitária, e inspira outras mulheres a também descobrirem sua força.

Quem quiser conhecer mais de perto ou apoiar o projeto pode entrar em contato pelo Instagram @mulheresdefibra73 ou pelo WhatsApp (91) 99365-4599.