top of page

Queijo de búfala com sotaque paraense: a história da Queijaria Cosa Nostra, de Parauapebas para o Brasil

crédito da foto: arquivo pessoal.
crédito da foto: arquivo pessoal.

Em Parauapebas, sudeste do Pará, a paixão por pizza foi o ponto de partida de uma revolução na produção de queijo de búfala no Brasil. Pedro de Oliveira, fundador da Queijaria Cosa Nostra, conta que tudo começou de forma prática: “A gente tinha uma pizzaria e o consumo de mozzarella era muito alto. Resolvemos então produzir a nossa própria mozzarella. Foi quando descobrimos que a verdadeira mozzarella é feita com leite de búfala. E aí começou tudo”.


A decisão levou Pedro e sua família a iniciar a criação de búfalas no sítio Açaizal, uma propriedade da família há mais de 30 anos, que iniciou com os pioneiros Joaquim Martins e Lúcia Margarida — nomes fundamentais na história da cidade. Foi nesse local que nasceu a Queijaria Cosa Nostra, que uniu tradição, inovação e um profundo respeito pela terra e pelos animais.

crédito da foto: arquivo pessoal.
crédito da foto: arquivo pessoal.

Reconhecimento e excelência


Em 2018, a Cosa Nostra conquistou o prêmio de Melhor Queijo do Brasil, uma vitória que marcou a história da queijaria e da gastronomia paraense. “Esse reconhecimento nacional só fortaleceu nossa missão de produzir com qualidade e responsabilidade. Deu mais força pra nossa equipe continuar nesse caminho”, celebra Pedro.


Desde então, a produção cresceu e se diversificou. Além da famosa mozzarella, a queijaria oferece queijo coalho, queijo minas, frescal temperado, burrata, iogurte e doce de leite – todos derivados do leite de búfala. Os produtos são encontrados nos principais supermercados, hotéis e restaurantes da região, com distribuição também para cidades como Marabá, Carajás e Belém.

crédito da foto: arquivo pessoal.
crédito da foto: arquivo pessoal.

Cultura, turismo e desenvolvimento


A Cosa Nostra vai além da produção de queijos. Ela é a força motriz por trás do Festival Buffalo’s Gourmet, que já está em sua sexta edição e se tornou patrimônio cultural e imaterial de Parauapebas e do Pará. “A gente promove oficinas gratuitas, seminários em parceria com universidades e abre espaço para artesãos e associações da cidade. É um evento que une gastronomia, cultura e economia local”, afirma Pedro.


Outro projeto de destaque é a Rota do Búfalo, uma das quatro rotas turísticas do município, que permite aos visitantes conhecer de perto o manejo dos animais, os processos de produção e, claro, degustar os produtos direto da fonte, no sítio Açaizal.


Leite nobre, sabor marcante

crédito da foto: arquivo pessoal.
crédito da foto: arquivo pessoal.

O leite de búfala é o diferencial da Cosa Nostra. “É um leite mais saudável, com 30% menos colesterol que o leite de vaca, mais cálcio, mais ferro, mais vitaminas. Além disso, tem um sabor levemente adocicado que dá um toque especial aos queijos e outras receitas. Quem tem intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca muitas vezes encontra no leite de búfala uma alternativa mais leve e digestiva”, explica Pedro.


Desafios e futuro


Apesar do sucesso, os desafios seguem presentes. “A qualidade constante dos produtos, a qualificação da mão de obra e o melhoramento genético dos animais são pontos em que a gente trabalha diariamente”, diz Pedro. Ainda assim, ele reforça que mexer com búfala é, acima de tudo, uma alegria. “É um mercado mais rentável que o bovino e que forma uma comunidade unida de produtores apaixonados”.

Carna in Roça. Um dos eventos que a Queijaria Cosa Nostra promove
Carna in Roça. Um dos eventos que a Queijaria Cosa Nostra promove

Pedro de Oliveira enxerga seu trabalho como uma missão histórica: “Talvez a gente esteja participando da construção da história do queijo de búfala no Pará. Não só pelos prêmios, mas por tudo que temos feito com os festivais, a rota turística e a valorização dessa cultura tão nossa”.


Com sabor, tradição e inovação, a Queijaria Cosa Nostra mostra que, no Pará, o queijo de búfala é mais que um produto — é símbolo de id

crédito da foto: arquivo pessoal.
crédito da foto: arquivo pessoal.

entidade, resistência e orgulho da terra.

bottom of page