O ouro do Pará em forma de chocolate: a trajetória de Lari Ribeiro e o Chocolate Di Aorô
- Gastronomia Paraense

- há 2 dias
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No coração da Amazônia Paraense, um projeto que nasceu de uma plantação de cacau familiar se transformou em uma das marcas mais autorais e simbólicas da região: o Chocolate Di Aorô. À frente dessa história está Lari Ribeiro, empreendedora que transformou um grão cultivado com carinho pelos sogros em Paragominas em barras de chocolate que carregam identidade, origem e propósito.

O nascimento de uma paixão
A trajetória da marca começou quase por acaso, dentro de um projeto de fomento ao empreendedorismo sustentável. Ao lado do marido, Sílvio, e dos sogros, Rivelino e Conceição, Lari percebeu que o cacau de qualidade plantado pela família não encontrava espaço no mercado da época. Foi nesse cenário que ela decidiu se arriscar.
“Eu me joguei no desafio quando entrei numa plantação de cacau e fiz o primeiro chocolate, ainda no pilão. Foi um caminho sem volta. É apaixonante”, relembra.

O significado de Aorô
O nome escolhido para a marca é carregado de simbolismo. Aorô vem do Tupi-Guarani e significa ouro. Para Lari, o cacau e toda a diversidade gastronômica do Pará representam uma riqueza cultural incalculável. “Somos o ouro, ou Aorô, do Pará”, afirma com convicção.

Chocolate autoral da Amazônia Paraense
O que diferencia a marca é o conceito de um chocolate autoral, que vai muito além da produção convencional. “Construímos sabores e aromas únicos, de formas diferentes. Fizemos uma imersão enorme no mercado e buscamos inovar com as riquezas da nossa região”, explica. O resultado são barras que carregam não apenas sabor, mas também a identidade amazônica em cada detalhe.

Origem e sustentabilidade
Hoje, a produção do Chocolate Di Aorô cresceu de forma acelerada e já envolve outros produtores além da família. As barras regionais utilizam cacau plantado em Paragominas, enquanto os chocolates 70% vêm de um produtor parceiro. Tudo com origem rastreável e foco na sustentabilidade. “Cada barra leva um pouquinho do Pará, e cada produtor impactado faz parte dessa transformação”, resume Lari.
Cacau com origem, alquimia e afeto
Mais do que um processo técnico, a chocolatier define seu trabalho como a união de três pilares: origem, alquimia e afeto. A origem garante rastreabilidade e identidade; a alquimia traduz a criatividade para inovar; e o afeto é o elo que conecta tradição, família e consumidor.

Transformar sabores e vidas
O slogan da marca, “Tudo o que tocamos vira ouro”, não é apenas uma metáfora para o chocolate. Para Lari, é um propósito de vida. “O chocolate transforma não só sabores, mas também vidas. Ele dá dignidade ao produtor, gera renda e cria experiências inesquecíveis para quem consome.”
Os desafios e conquistas
Empreender com um produto artesanal e cheio de identidade nunca foi simples. “O maior desafio é manter a essência sem perder espaço no mercado competitivo. Mas é justamente essa identidade que nos diferencia”, conta. Entre suas criações, há algumas especiais que carregam histórias únicas e afetivas, reforçando a ideia de que cada barra tem uma alma própria.

O futuro do chocolate amazônico
Lari acredita que o chocolate amazônico ainda tem muito a conquistar no cenário nacional e internacional. “O mundo já olha para a Amazônia como um polo de sabores autênticos e únicos. Queremos levar o nome do Pará para muito mais longe.”
Próximos passos e mensagem final
O futuro da Aorô passa por consolidar a marca, expandir a produção e continuar inovando sem perder a essência. E Lari deixa uma mensagem para quem sonha em empreender:
“Transformar paixão em negócio exige coragem, propósito e dedicação. Quando você acredita de verdade naquilo que faz, cada desafio vira aprendizado e cada conquista tem sabor de ouro.”
Para saber mais, siga o Instagram: @aorochocolates.











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